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Controle Cultural



O controle cultural consiste no uso de boas práticas agrícolas, com o objetivo de favorecer o desenvolvimento saudável da cultura em relação ao patógeno, no qual o uso de agrotóxicos e manipulações genéticas não são considerados. Através de manipulações das condições de pré plantio e durante o desenvolvimento da planta é possível criar condições desfavoráveis para o desenvolvimento do patógeno. Neste texto você irá conhecer as principais práticas culturais utilizadas no controle de doenças e pragas. São elas:


Rotação de culturas:

É a principal prática cultural. Um sistema de monocultivo pode favorecer a sobrevivência do inóculo do patógeno, dessa forma, a rotação de culturas refere-se a alternância no plantio de diferentes espécies vegetais em uma mesma área na mesma época do ano (ao longo dos anos), promovendo assim, a diversificação do ambiente e a diminuição e/ou erradicação do patógeno. Além disso, a rotação de culturas é benéfica para o meio ambiente pois não causa danos e pode diminuir as perdas por erosão do solo. É de baixo custo e melhora a qualidade dos produtos ao passo que há maior aproveitamento da terra e mão de obra.


Uso de material propagativo saudável:

Muitas doenças são transmitidas através do material utilizado para plantio, como sementes, mudas e estacas. É de extrema importância garantir que o material propagativo não esteja contaminado para que não haja introdução de algum patógeno no campo. As ferramentas utilizadas no plantio, como máquinas e instrumentos de poda, devem passar pelo processo de desinfestação, a fim de evitar contaminações por contato.


Roguing:

Consiste na eliminação de plantas que apresentem sintomas de doenças no campo, para evitar que haja disseminação para plantas saudáveis.


Vazio sanitário:

Consiste em um período contínuo determinado para cada cultura em que não se pode manter plantas vivas na área. O objetivo é diminuir a incidência do patógeno. Para a soja, por exemplo, esse período é de no mínimo 90 dias para o controle da ferrugem asiática. Embora seja uma prática eficiente, não se aplica a todos os sistemas que envolvem interações entre patógeno e hospedeiro.


Preparo do solo:

Técnicas de aração e gradagem fazem com que o solo seja exposto a alta temperatura e radiação ultravioleta, auxiliando no combate ao causador de determinada doença pois elimina suas estruturas infecciosas e dificulta a manutenção de estruturas de resistência. No entanto, essa prática só deve ser realizada em caso de doenças, pois interfere na saúde do solo ao longo do tempo.


É recomendado a eliminação de plantas voluntárias, aquelas da própria cultura que permanece no campo após a colheita, eliminação de hospedeiros alternativos, plantas daninhas por exemplo, e eliminação de restos culturais, que reduzem a população do patógeno devido a competição por nutrientes com a microflora do solo.


Época de plantio:

Deve-se evitar o plantio em períodos de maior suscetibilidade da planta e condições favoráveis ao desenvolvimento do patógeno.


Irrigação e drenagem:

Prática de extrema importância pois o excesso de umidade reduz a disponibilidade de oxigênio e consequentemente uma maior dificuldade na absorção de nutrientes essenciais pela planta, além de gerar condições ambientais (microclima) favoráveis ao desenvolvimento de patógenos.

Para evitar condições de microclima favorável, é valioso respeitar o espaçamento e densidade recomendados para cada cultura, além de realizar podas de manutenção, que darão maior ventilação entre as plantas e aumentarão a entrada de luz.


Além destas, existem outras práticas como o controle do pH do solo, direção do plantio (plantio na direção contrária ao vento predominante), uso de barreiras físicas para diminuir a disseminação do patógeno, controle da nutrição mineral das plantas, atenção com a profundidade de semeadura, pois semeadura muito profunda prolonga o período de emergência da plântula e, por possuir tecidos mais sensíveis, se torna mais suscetível a contaminação, e ainda o cuidado em evitar danos no momento da colheita, armazenamento e embalagem.


Portanto, vale ressaltar que a aplicação de boas práticas agrícolas podem reduzir significativamente as perdas por doenças causadas por fungos, bactérias, nematóides e outros, além de aumentar a produtividade e qualidade dos produtos, possibilitando também aumento na renda do produtor.



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